segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Educerekids: SOBRE MAPAS E TERRITÓRIOS

Educerekids: SOBRE MAPAS E TERRITÓRIOS: OLÁ, Neste final de semana li o livro "A minha versão da história" da Carlena Weber, que a propósito super indico. Nascemos no m...

SOBRE MAPAS E TERRITÓRIOS

OLÁ,

Neste final de semana li o livro "A minha versão da história" da Carlena Weber, que a propósito super indico. Nascemos no mesmo bairro, frequentamos vários mesmos lugares, mas nunca fomos muito íntimas, como sou curiosa pela essência humana quis conhecer a versão dela da história que muito ouvi falar, mas que nunca perguntei. A questão é que adorei o livro, me trouxe várias reflexões sobre como nossa mente é poderosa e capaz de coisas que não imaginamos.
Parei para pensar em diversos momentos do livro sobre um dos principais pressupostos da PNL, mapa não é território. Em diversos relatos dela percebi que uma das maiores dificuldades das pessoas é encaixar o território nos seus mapas e na verdade é isso que na maioria das vezes tentamos fazer, não ampliamos nossa visão de inicio, tentamos encaixar o que acontece no nosso mapa pre-existente.

Esse fato se acentua quando passamos por situações totalmente adversas como a que ela relata no livro. Quando isto acontece, força a nossa mente a criar novos mapas, pois caso contrário, temos a sensação que não nos cabemos mais no nosso território. Fazer isso leva algum tempo, sofrimento e trabalho.

Me lembro como se fosse hoje, o dia em que a obstetra me informou que deveria entrar imediatamente em repouso, provavelmente, teríamos que tirar o Nich antes do tempo normal. Levei algum tempo para assimilar aquela informação e o que ela significava realmente. Eu só cai na real quando comecei a ver outras família indo embora do hospital e eu sequer podia pega-lo no colo. Me lembro que as 3hs da manha tive uma crise de raiva de uma mãe que estava no quarto ao lado do meu que chamou a enfermeira e pediu que ela levasse a sua linda bebe para que ela pudesse dormir. No meu mapa algo gritou - Como assim ela quer dormir? Ela não quer ficar com a filha? Eu não posso ficar com meu filho? Ela não sabia como era não poder estar com seu filho, assim como eu pouco tempo antes. Encaixei no meu mapa a situação e fiquei indignada.

Na verdade, só entendi o que era ter um bebê prematuro quando ele tinha uns 10 dias. Bebes prematuros como o Nich foi, não existiam no meu mapa ate então. Eu sequer havia comprado fraldas RN, acreditava que não precisaria delas as P seriam as indicadas. De repente me vi, 2 meses antes da data, com a barriga toda colada, inchada como se fosse explodir, trilhando no shopping procurando alguma loja que "tivesse no seu mapa" a existência de bebes prematuros, confesso que foi uma tarefa árdua.

 Isso sem falar em todos os apetrechos que descobri que precisaria e nunca nem tinha imaginado que existissem, como máquina elétrica para ordenha, a minha. Pois ordenha de pessoas ou de vacas tem o mesmo nome, e isto por si só, já levou um tempo para que meu cérebro assimilasse.

A pate interessante disto é que mostro a tal da máquina a toda mulher que tenha problemas com amamentação, pois ela, hoje no meu mapa é indispensável não só a mães de prematuros mas a qualquer mãe que deseje amamentar e trabalhar por exemplo. Hoje também percebo que fiz quase um estágio na ÚTIL neonatal e isto me trouxe a oportunidade de ampliar muito meus mapas em relação à bebês e doenças.

 Só conseguimos criar mapas adequados quando andamos pelo território de forma profunda e sem filtros.

No livro, a Carlena narra a curiosidade das pessoas em relação a ela e ao acidente e hoje vejo isso como uma coisa positiva até, pois pode ser uma expansão de mapas. Claro que pode ser meio chato as vezes e no inicio ate doloroso, pra quem tem que ficar dando explicação, mas também pode criar a oportunidade de outras pessoas terem outras perspectivas sobre a vida.

Quando passeava com o Nich as pessoas também me paravam e olhavam pra ele, além dele ser bem pequeno ainda usava óculos. Eram muitos olhares e perguntas, porque um bebê tão pequeno usa óculos? Isso não é uma coisa que faça parte do mapa de muitas pessoas. Diziam: - coitadinho!! e Eu pensava. - Coitado porque? Ele só usa óculos!



O que quero concluir com todo esse papo é que nós não sabemos de nada, nosso mapa é apenas uma perspectiva do que acreditamos. Não sabemos como é viver a vida das outras pessoas, às vezes não sabemos nem viver a nossa própria vida quando ela muda de curso. Não sabemos pelo que as pessoas já passaram, nem porque elas fazem o que fazem ou sentem-se como sentem-se.

É preciso nos libertarmos de julgamentos.

Toda nova realidade precisa de tempo e dedicação para passar a fazer parte dos nossos mapas e não é fácil, muitas vezes nos perguntamos o porquê? Porque passei por isso? Porque eu? Porque? As pessoas querem saber os porquês?

Mas na verdade o que realmente importa é o COMO.

Como ser mãe de um Prematuro? 
Como ser tetraplégica?
Como ser gay?
Como ser mãe adotiva?
Como ser órfã?
Como ser eu?
Como conviver com os outros sendo eu?

À medida que vamos descobrindo o como e incluindo as novas perspectivas no nosso mapa, começamos a nos libertar das amarras, dos medos, depressões, culpas e ansiedades e começamos a permitir olhar as possibilidades deste novo território e aí então construir novos mapas que se encaixem neste novo território

Claro que ainda temos que lidar com o mundo externo, que ainda não adquiriu tantos recursos, mas quando mudamos, tudo a nossa volta muda e quando nos encontramos ajudamos as pessoas a fazerem o mesmo.

A questão é que quanto mais ampliando e repleto de possibilidades nossos mapas forem, mais fácil será passar por situações adversas.



Sempre respeitei a todos como obrigação de ser. Mas a partir do livro, ampliei meus mapas e talvez também tenha alguns chiliques por aí por rampas não existentes ou ruas esburacadas. Posso dizer sinceramente, que sou grata a Carlena e sua contribuição ao mundo pelo seu relato aberto, pois a mim serviu para ampliar muitooosss mapas.


Beijos e até o próximo post.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Especialização: Mãe!

Olá pessoal,

Esta semana estou me dedicando a finalização do meu TCC sobre o TDAH, em breve farei vários post sobre minhas pesquisas aqui, mas o que me ocorreu esta semana e que não tem a ver somente com TDAH é sobre como os pais são pais. confuso??? Explico.......

Normalmente quando alguém vira pai ou mãe passa a ter uma nova identidade agregada as demais, sim porque temos várias, esposa, namorado, profissional, amigo, tia etc......Cada uma dessas identidades se utiliza de comportamentos, características e ate conhecimentos específicos.

A partir disso comecei a pensar Engenheiro faz cursos, professores devem fazer vários, médico faz cursos, cabeleireiro faz cursos, todos profissionais tem de se especializar para fazer bem o seu oficio correto??? E os pais???? aprendem de que forma a serem pais? 

Pais precisam ter muitos conhecimentos, precisam entender de muitassssssssss coisas e precisam entender muito de desenvolvimento humano. Eu pelo menos penso que deveríamos.

Ser pais é se responsabilizar por educar e desenvolver desde os primeiros minutos uma vida, é ser responsável por todo desenvolvimento de um novo ser.

Todos os pais merecem poder ter conhecimentos para serem mais seguros e preparados, para esta tão importante função.Porque ela é muitoooooo importante. 90% dos atendimentos que realizo com adultos hoje, são para resolver problemas gerados na infância e em nenhum momento estou "crucificando" os pais, porque não é uma questão de culpa, eles fazem o melhor que acreditam e sabem.

A questão é essa, a maioria não sabe!!!!!


Aprendemos a ser mãe e pai com nossas mães e pais e mais um pouquinho com os outros mães e pais com quem convivemos. E como reproduzimos o que aprendemos quando somos pais?

 De 2 formas, a primeira é repetindo o que os nossos pais faziam conosco e a segunda é fazendo diferente do que eles faziam, bem simples. Aquilo de que gostamos e faz sentido repetimos exatamente como nossos pais faziam, com alguns ajustes em função das mudanças culturais e tecnológicas, aquilo que nosso pais faziam e dizíamos, nunca farei isso com meu filho, o que consideramos errado, simplesmente fazemos diferente. Ou seja, não existe, na maioria dos casos nenhuma regra especifica, vamos fazendo e vendo o que dá, claro fazendo o melhor que pudermos pois queremos o melhor para nossos filhos, não há dúvidas. Mas nem sempre sabemos "Fazer" isso.

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Mas ai, temos hoje uma sociedade com muitos problemas na infância, transtornos de conduta transtornos psicológicos, dificuldades emocionais, dificuldades de aprendizagem, transtornos de atenção e tantos outros que ainda pioram muito a situação.

Então hoje atendo também as crianças, auxiliando estas a aprender a ter controle emocional, a lidar com frustrações etc e percebo claramente que muitos pais estão desesperados, eles simplesmente não sabem o que fazer! Alguns leem uma coisa aqui e outra lá, mas as vezes só serve para deixa-los mais confusos.

Por isso decidi, como missão de vida, pesquisar e ajudar os pais a sentirem-se mais seguros nesta importante missão. Porque eu sei bem como é se sentir sozinho, frustrado e culpado, senti por algum tempo tudo isso quando o Nich nasceu prematuro e eu não tinha idéia do que fazer e depois ele foi crescendo e eu ainda me sentia assim, até que eu encontrei meu caminho como mãe e a partir de agora quero ajudar outros pais a encontrar seus caminhos como os pais que desejam ser.

Por isso convido a você que esta nesta missão, de me acompanhar aqui no blog ou na pagina do face, pois estou criando um processo de coaching para pais, não se preocupe ele sera disponibilizado todo aqui, gratuitamente, basta que você dedique algum tempo para ler os posts e depois praticar é claro! Além disso, conto com a sua participação, comentando e partilhando experiências, pois só assim poderemos realizar um trabalho efetivo.

Acredito que mudando a educação das crianças podemos mudar o mundo e sonho em morar num país digno onde todos possamos nos orgulhar, por isso decidi começar com essa ajudinha, tenho certeza que juntos podemos melhorar muito o desenvolvimento de nosso filhos e assim o dos filhos deles e assim por diante.

Vem comigo! 

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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O que uma criança deve saber aos 4 anos

Olá pessoal,

Estive fazendo algumas pesquisas e gostaria de compartilhar com vocês um texto muito interessante que achei, espero que vocês gostem tanto quanto eu. O texto é dela, eu apenas fiz alguns destaques!


Um super beijo!


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Nesse mundo contemporâneo, ter, ser, saber, parecem fazer parte de uma competição. Nesse mundo, alguns pais e algumas mães acabam acreditando que é preciso que seus filhos saibam sempre mais que os filhos de outros. E isso sim seria, então, sinal de adequação e o mais importante: de sucesso.

O que uma criança deve saber aos 4 anos de idade? Essa foi a pergunta feita por uma mãe, em um fórum de discussão sobre educação de filhos, preocupada em saber se seu filho sabia o suficiente para a sua idade.

Segundo Alicia Bayer, no artigo publicado em um conhecido portal de notícias americano – The Huffington Post –, o que não só a entristeceu, mas também a irritou, foram as respostas, pois ao invés de ajudarem a diminuir a angústia dessa mãe, outras mães indicavam o que seus filhos faziam, numa clara expressão de competição para ver quem tinha o filho que sabia mais coisas com 4 anos. Só algumas poucas indicavam que cada criança possuía um ritmo próprio e que não precisava se preocupar.


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Para contrapor às listas indicadas pelas mães (em que constavam itens como: saber o nome dos planetas, escrever o nome e sobrenome, saber contar até 100), Bayer organizou uma lista bem mais interessante para que pais e mães considerem o que uma criança deve saber.

Vejam alguns exemplos abaixo:

– Deve saber que a querem por completo, incondicionalmente e em todos os momentos.

– Deve saber que está segura e deve saber como manter-se a salvo em lugares públicos, com outras pessoas e em distintas situações.

– Deve saber seus direitos e que sua família sempre a apoiará.

– Deve saber rir, fazer-se de boba, ser vilão e utilizar sua imaginação.

– Deve saber que nunca acontecerá nada se pintar o céu de laranja ou desenhar gatos com seis patas.

– Deve saber que o mundo é mágico e ela também.

– Deve saber que é fantástica, inteligente, criativa, compassiva e maravilhosa.

– Deve saber que passar o dia ao ar livre fazendo colares de flores, bolos de barro e casinhas de contos de fadas é tão importante como praticar fonética. Melhor dizendo, muito mais importante.

E ainda acrescenta uma lista que considera mais importante. A lista do que os pais devem saber:

– Que cada criança aprende a andar, falar, ler e fazer cálculos a seu próprio ritmo, e que isso não tem qualquer influência na forma como irá andar, falar, ler ou fazer cálculos posteriormente.

– Que o fator de maior impacto no bom desempenho escolar e boas notas no futuro é que se leia às crianças desde pequenas. Sem tecnologias modernas, nem creches elegantes, nem jogos e computadores chamativos, se não que a mãe ou o pai dediquem um tempo a cada dia ou a cada noite (ou ambos) para sentar-se e ler com ela bons livros.

– Que ser a criança mais inteligente ou a mais estudiosa da turma nunca significou ser a mais feliz. Estamos tão obstinados em garantir a nossos filhos todas as “oportunidades” que o que estamos dando são vidas com múltiplas atividades e cheias de tensão como as nossas. Uma das melhores coisas que podemos oferecer a nossos filhos é uma infância simples e despreocupada.

– Que nossas crianças merecem viver rodeadas de livros, natureza, materiais artísticos e a liberdade para explorá-los. A maioria de nós poderia se desfazer de 90% dos brinquedos de nossos filhos e eles nem sentiriam falta.

– Que nossos filhos necessitam nos ter mais. Vivemos em uma época em que as revistas para pais recomendam que tratemos de dedicar 10 minutos diários a cada filho e prever um sábado ao mês dedicado à família. Que horror! Nossos filhos necessitam do Nintendo, dos computadores, das atividades extraescolares, das aulas de balé, do grupo para jogar futebol muito menos do que necessitam de nós. Necessitam de pais que se sentem para escutar seus relatos do que fizeram durante o dia, de mães que se sentem e façam trabalhos manuais com eles. Necessitam que passeiem com eles nas noites de primavera sem se importar que se ande a 150 metros por hora. Têm direito a ajudar-nos a fazer o jantar mesmo que tardemos o dobro de tempo e tenhamos o dobro de trabalho. Têm o direito de saber que para nós são uma prioridade e que nos encanta verdadeiramente estar com eles.

Então, o que precisa mesmo – de verdade – uma criança de 4 anos?

Muito menos do que pensamos e muito mais!